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JAN
05
05 JAN 2017
CIDADES
Entrevista com o prefeito Nenzinho, administração 2013-2016 de Sebastianópolis do Sul
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Prefeito adm 2013-2016: Waldomiro Meneguini (Nenzinho) - PMDB

1 - Como o senhor está se sentindo ao deixar o governo de Sebastianópolis do Sul após 4 anos?

Tranquilo, acho que quem entra na prefeitura tem um mandato de quatro anos, chegou no fim tem que ir embora.

2 - Entre as várias realizações de seu mandato, quais que merecem destaque?

Deixei uma boa reforma do posto de saúde, ampliei ele, terminei o ginásio de esporte, mudamos bastante as escolas com ar e equipamentos, terminei a creche do governo federal, temos 45 casas que estão assinados o convênio e para iniciar assim que acabar o projeto. Vindo o novo prefeito, já tem isso para iniciar.

Na segunda-feira, 26 de dezembro, às 20h estaremos na sede da Terceira Idade para fazer a inauguração com descerramento de placa da Construção da Avenida de Acesso “Dagoberto Alonso Raia” e da reforma e ampliação do Cemitério Municipal.

3 - O senhor queria ter feito algo que não conseguiu? O que?

Realizamos bastante obras, ultimamente pela situação do país a crise chegou e segurou a gente bastante, não deu para concluir o que a gente esperava, temos uma creche escola assinado o compromisso e tem terreno e infraestrutura, de 2014 pra cá cortou tudo, governado tirou a creche escola e o governo federal também ficou a Avenida do Cemitério. Limpamos e estávamos ansiosos por fazer.

Queria ter feito e não consegui depois da crise de 2015. Os governos não passaram mais nada, não tem também nenhum convênio para ser liberado, além de um convênio de R$ 100 mil do deputado Itamar para asfalto, mas não sei se libera.

4 - Teve alguma decepção, administrativamente falando, durante este período? Tive, porque quando cheguei na prefeitura encontrei o rombo, folha de pagamento sem pagar, dívidas para pagar, o que mais trouxe a decepção maior na administração minha foi o inchaço da prefeitura. Em 2004 quando deixei a prefeitura, deixei com 104 funcionários, destes apenas um sem concurso, recebi em 2013 com 372 então é bastante elevado o número de funcionários pelo tamanho da cidade. Quando a usina repassava um valor que era alto, dava para administrar, quando em 2014 ela cortou e perdemos R$ 243 mil mensais ficou difícil, em 2015 perdemos mais R$ 43 mil e em 2016 continuou difícil. Em 2017 a previsão é do ICMS cair 6,5%.

Vão ser duas trocas de mandato, vira para cadeira um presidente da câmara tampão para tocar até o novo prefeito eleito, transição muito perigosa para o município porque são duas transições, nesse meio se o presidente da câmara que for tomar posse como prefeito, não pensar bem no que pode fazer, pode ficar numa situação difícil pessoal dele e na prefeitura. Na minha opinião, o presidente da câmara que entrar tem que tocar do jeito que está para esperar nova eleição, senão prejudica o município e a população não tem culpa.

5 - Pretende concorrer ainda a algum mandato eletivo?

Se tiver nova eleição sou candidato. Eu não fui a reeleição porque eu enxerguei na política anterior por esse cidadão que ganhou a eleição, eu vi que não adiantava se posicionar a ser um candidato perante uma coisa errada, pois já estava esperando que isso pudesse acontecer e aconteceu, agora as coisas vão mudar de uma maneira. Para começar a população viu as mentiras que foram faladas e o município deve ser administrado da maneira correta. Então, eu sou candidato.

6 - Qual é a principal diferença entre Sebastianópolis do Sul de 2013 e a de hoje?

A diferença é muito grande administrativa aqui na prefeitura, não vou falar que vou zerar todas as contas da prefeitura, porque dependemos de um repatriamento que caia nos cofres da prefeitura, se não cair não dá pra zerar.

Vamos deixar um pouco de dívidas, mas controlado, em janeiro qualquer prefeito que entrar aqui dá para deixar a prefeitura bem zerada. Então dá pra trabalhar, tem que ver as finanças pra não cometer nenhum erro pra não deixar os salários sem pagar. A situação é complica, orçamentos e fechamentos de receita com despesa supera, mês de outubro não recebemos nada aqui, deu um déficit muito grande, em um mês FPM e ICMS que recebemos não deu pra pagar a folha e os encargos da prefeitura.

Estamos deixando fundo de previdência com R$ 8,5 milhões, destes mais de R$ 8 milhões foi eu que depositei no meu mandato.

O prefeito que chegar e querer atrasar esse fundo de previdência vai entrar em parafuso, porque se dever um mês no outro não dá pra pagar, tem que cortar gastos, isso é muito importante na prefeitura, futuro dos funcionários que se aposentam.

7 - Um conselho para o próximo prefeito.

Eu aconselho o próximo que sentar na cadeira, que administre o município e ele não pode esquecer da palavra não, porque hoje na prefeitura se ficar só no sim no final do mês não consegue falar mais não, ele será enquadrado na lei de responsabilidade e é complicado.

Quem sentar aqui vai assumir meses e é muito curto o tempo para arriscar coisas, sentar, parar e ver porque prefeito de primeira viagem não tem conhecimento de que se trata. Eu tive a primeira vez e tive humildade de perguntar para os mais experientes.

E não esquecer que 2017 será mais apertado que 2016.

8 - Quer acrescentar algo?

Deixar para o prefeito que assumir que eu sei que toda política tem bastante promessas pra ganhar a eleição, ele terá que deixar a promessa de lado porque o mais importante é colocar em dia por causa da saúde, educação e transporte, isso que importa para a população. Muitas promessas têm que deixar de lado.

A gente tem em 31 de dezembro um réveillon e quero convidar a população para a festa a partir das 23h na Praça da Matriz com a Banda Tema Tropical e queima de fogos. E desejar um Feliz Natal e Ano Novo cheio de saúde, paz e alegria. Peço desculpas para a população e quero dizer que eu estava administrando o que não era meu, tenho lei para ser cumprida, aquele que se ofendeu me desculpe. A partir de 1 de janeiro não sou mais prefeito, volto a ser um cidadão comum, então peço que todos entendam que a lei obriga o gestor a fazer aquilo o que tem que ser feito.